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16/12/2014

CONESD luta pela manutenção de ações preventivas no combate as drogas

CONESD luta pela manutenção de ações preventivas no combate as drogas

Na última reunião do Conselho Estadual de Políticas Públicas sobre Drogas- CONESD, que aconteceu no dia 9 de dezembro, foi discutida a necessidade de manutenção da Diretoria de Políticas sobre Drogas junto a Secretaria de Estado da Justiça, Cidadania e Direitos Humano - SEJU e principalmente do próprio CONESD. Dos conselheiros, a representante do SindijorPR, jornalista Diana de Lima e Silva, manifestou contrariedade pela mudança das atividades desenvolvidas pelo Conselho e pela Diretoria de Políticas sobre Drogas para Secretaria de Estado da Segurança Pública e Administração Penitenciária- SESP.


Segundo Diana, a insatisfação está na mudança de paradigma, da intervenção para a repressão. “O CONESD atua intervindo em ações que objetivem a prevenção, ao resgate da cidadania, ao tratamento da integralidade do sujeito envolvido com a droga, e sua reinserção social, a fim de que ele volte a ser um cidadão produtivo”, explica a jornalista. Para o Conselho, a problemática das drogas deve ser tratada em sua ampla forma, não privilegiando o enfoque repressivo, como dispõe a emenda aditiva ao projeto.


UFPR


Quem também se pronunciou contrária a esta mudança foi a Universidade Federal do Paraná (UFPR), que por meio da Coordenação do Núcleo Interdisciplinar de Enfrentamento à Drogadição – NIED e de sua representação junto ao Conselho Estadual de Políticas sobre Drogas, manifestou preocupação com o teor do Projeto de Lei 510/14, com a transferência e vinculação do Departamento Estadual de Políticas Públicas sobre Drogas e do Conselho Estadual de Políticas sobre Drogas, do âmbito da Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SEJU) para a Secretaria de Segurança (SESP).


De acordo com a coordenação do NIED, as atividades-fim da UFPR estão comprometidas aos eixos da política sobre drogas, especialmente às atividades de prevenção, tratamento, recuperação e reinserção social, redução de danos sociais à saúde e estudos, pesquisas e avaliações. Além disso, a atual política sobre drogas no Paraná decorre de uma conquista histórica em que houve uma transferência do foco da droga para o ser humano, quebrando estigmas e oportunizando a ação integrada entre os diversos eixos da política sobre drogas, da redução da demanda à redução da oferta, passando pelo tratamento, reinserção social, redução de danos sociais à saúde como bem referido na manifestação do Conselho Estadual de Políticas sobre Drogas.


Determinação


O Fundo Estadual de Políticas sobre Drogas e o Conselho Diretor do Fundo Estadual de Políticas sobre Drogas podem ser transferidos a nova Secretaria de Segurança. Considerando o enfoque parcial no enfrentamento a drogadição, a situação torna-se temerária. “Não se pode ignorar a necessidade de tratamento, de redução de danos à saúde e sociais, de transformação do marginalizado em sujeito produtivo, logo, fragmenta a visão integrada e complexa do plano de ação para enfrentamento à drogadição, e política fragmentada é inexistente”, completa Diana de Lima e Silva.


Oficialmente o Conselho, que é constituído de representantes da sociedade civil e outra metade do governo, elaborou a seguinte carta dirigida ao Governador, deputados estaduais, além das duas Secretarias, manifestando seu posicionamento sobre a questão e que deve ser encaminhada pelo presidente do CONESD, coronel Douglas Dabul, às autoridades referenciadas.


Segue Carta do CONESD ao Governo do Estado do Paraná


Só a Educação transformará – disse alguém

Com propriedade – embora a riqueza do saber – ;

Por isso, não podemos parar – vamos além! –,

Construindo ações educativas que se hão de manter

José Maia


Prezado(a) Senhor(a):


O Conselho Estadual de Políticas sobre Drogas, a partir da criação da Secretaria de Estado da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do Paraná, no atual Governo, redimensionou a política sobre drogas no Estado do Paraná, em sintonia com a concepção de justiça, cidadania e direitos humanos.


A criação do Departamento de Políticas sobre Drogas, no âmbito da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, permite que o Conselho Estadual exerça seu papel de orientação normativa e consultiva, sobre as atividades de prevenção, tratamento, recuperação e reinserção social, redução de danos sociais à saúde, redução de oferta e estudos, pesquisas e avaliações.


O reconhecimento da sociedade à ação deste Conselho se efetiva pela participação de suas diversas representações civis, tais como: Associação dos Municípios do Paraná - AMP, Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná - SINDIJOR, Ordem dos Advogados do Brasil - OAB/PR, Universidade Federal do Paraná - UFPR, Associação Médica do Paraná, Conselho Regional de Psicologia – CRP, Conselho Regional de Serviço Social – CRESS/PR, Associação Comercial do Paraná - ACP, Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Paraná e ONGs representadas pela COMPACTA – Comunidade Terapêuticas Associadas, em conjunto com a representação governamental, de forma paritária.


O momento atual decorre de uma conquista histórica em que houve uma transferência do foco da droga para o ser humano, como sujeito de direitos e deveres, quebrando estigmas e oportunizando a ação integrada entre os diversos eixos da política sobre drogas, da redução da demanda à redução da oferta, passando pelo tratamento, reinserção social, redução de danos sociais à saúde.


Diante do exposto, o Conselho Estadual de Políticas sobre Drogas, vem manifestar diante de Vossa Excelência, o anseio na manutenção da Diretoria de Políticas sobre Drogas junto à Secretaria de Estado da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, garantindo a continuidade dos trabalhos desenvolvidos por este Conselho.


Cel. Douglas Sabatini Dabul

Presidende CONESD
Autor:Regis Luís Cardoso / com informações do CONESD - UFPR Fonte:SindijorPR / CONESD / UFPR
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