Como defensor do direito humano à comunicação e da liberdade de expressão, o SindijorPR, assim como outras organizações e entidades, se solidariza com a jornalista Rosiane Correia de Freitas e seus alunos e alunas da Universidade Positivo (UP), que vêm sendo intimidados pela Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Paraná (Sogipa), por conta da realização do
projeto Nascer Bem.
Contestando os números apresentados, com base em documentos levantados pelo grupo pesquisador, dirigentes da Sogipa querem retirar da internet o aplicativo que disponibiliza online, para celulares, tablets e computadores, dados sobre o perfil profissional dos obstetras que atendem em Curitiba. Caso o pedido não seja atendido, ameaçam ingressar com medida judicial.
Conforme
matéria publicada no Paraná Portal, Rosiane rebate as críticas, afirmando que a ferramenta tem a função de servir como uma referência, sem a pretensão de ser uma pesquisa estatística. “O resultado desse trabalho é um extenso banco de dados sobre o assunto, a maior parte advinda do Datasus (banco de dados do Sistema Único de Saude) e de pedidos feitos ao Ministério da Saúde via Lei de Acesso à Informação”, explicam no site do projeto.
O SindijorPR defende a liberdade de informação e de imprensa. Entende o projeto não como uma pesquisa científica, mas como mais uma fonte de informação sobre o índice de cesáreas e partos normais em Curitiba.
Cabe as entidades governamentais divulgarem de forma transparente as informações relacionadas aos procedimentos, de forma a aprimorar o banco de dados. Em última instância, é passível que as informações sejam questionadas ou contrapostas, mas jamais ameaçadas e/ou censuradas.
O tema proposto no projeto Nascer Bem é pertinente e urgente, carece de uma importante, e necessária, discussão que está relacionada ao empoderamento das mulheres, liberdade de escolha em relação ao parto e, também, violência obstétrica.