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23/05/2016

Mais de mil pessoas vão às ruas em Curitiba gritar: “Fora Temer”

Mais de mil pessoas foram às ruas no sábado (21) para pedir o fim do golpe e a saída do presidente interino Michel Temer (PMDB). O ato começou na Boca Maldita, na Rua XV de Novembro, passou em frente ao prédio a Polícia Civil, do jornal Gazeta do Povo, da Universidade Federal do Paraná e da Caixa Cultural, representando de uma forma simbólica diversos setores já atingidos pelas medidas do golpismo.


“Esse governo ultrapassou todos os limites em pouco tempo. Deveria ser interino, mas age como se fosse, de fato, um presidente eleito pela população. No caso da comunicação temos o recente abuso de rasgar a legislação, demitir um profissional eleito com mandato para a EBC e nomear um afilhado de Cunha e Aécio Neves”, afirma o secretário de comunicação da CUT Paraná, Daniel Mittelbach.


Além da comunicação, a repressão aos movimentos sociais, a cultura e a educação estão sendo outros alvos da gestão do pmdebista. A diretora da APP-Sindicato, Professora Marlei, destaca alguns dos problemas que já estão sendo enfrentados. “Cortes na indexação dos valores que ele já vem anunciando que hoje é de 18% para o ensino superior e 25% para a educação básica, para nós da educação básica o corte do piso salarial, de outras políticas que interferem diretamente em nossas conquistas históricas. Estamos na rua hoje no Fora Temer por entender que não apoiamos esse governo, golpista e que chega ao poder através do golpe. Vamos travar uma luta incessante nas ruas, nas escolas, em todos os espaços que nós possamos derrubar esse governo”, garante.


Um dos coordenadores do Movimento Popular por Moradia (MPM), Crisanto Figueiredo, reforçou a importância da unidade dos movimentos sociais neste momento. “Nosso papel enquanto movimentos organizados é não deixar o bonde passar. Precisamos dialogar com as pessoas, porque muitas vezes o discurso é malicioso. O ministro das cidades disse o seguinte: ‘não é que nós vamos acabar com o Minha Casa Minha Vida, ele existe, o que não existe é o dinheiro e por isso estamos segurando. A nossa intenção inclusive é ampliar se houver dinheiro para isso, mas é claro que não há. Eles cortam e fazem discurso ambíguo. Não podemos deixar as pessoas se deixarem seduzir por esse discurso golpista. Precisamos mostrar que eles estão querendo sim cortar programas sociais e fazer governo só para os ricos”, afirmou.


O risco para os movimentos dos trabalhadores foi representado pela análise do professor Luiz Alberto Souza Alves, um afastados pela direção da PUC após denúncias contra a instituição no jornal do Sindicato dos Professores do Ensino Superior e que também. “Eles estão usando o nosso sindicato para fazer um balão de ensaio. Se der certo essa criminalização, isso virá para o Brasil inteiro com certeza”, alerta o tesoureiro da entidade.


O ato, que contou com culturais e protestos simbólicos representando as ameaças do governo Temer, teve início às 15h e seguiu até o início da noite de sábado.
Autor:CUTPR
Gralha Confere TRE