Jornalistas da Câmara Municipal de Curitiba recebem reposição de 10,36%

O motivo do encontro foi discutir o reajuste da categoria. Os jornalistas da CMC receberam reposição salarial no mês de maio de 10,36%. Para o SindijorPR, isso é um fator fundamental para estabelecer um piso mínimo da categoria, independente da área de atuação.O valor é muito maior do que as empresas de comunicação estão oferecendo na mesa de negociação, que foi de 4% de forma escalonada - o que fica bem abaixo da inflação do período, cujo percentual foi de 9,83%.

Ramires lembrou de que muitos profissionais da chamada grande imprensa estão migrando para estas áreas por conta da valorização de seu trabalho. “Os sindicatos, órgãos públicos, entre outros, vêm se tornando interessante para os jornalistas. Não é difícil de ver que os profissionais estão se sentindo mais valorizados e isso acaba pesando na decisão na hora de escolher um local para trabalhar”. Isso revela que a oferta dos patrões é pouco competitiva. “Não é apenas o salário dos jornalistas que as empresas rebaixam, mas também a sua capacidade de ser atrativa no mercado aos trabalhadores”, completa.

Valim ressaltou que, mesmo diante de um momento frágil na economia, a decisão da CMC deve ser celebrada. “As negociações com os donos de tvs, rádios e jornais está muito difícil. É bom ver que outros setores estão indo no caminho inverso e optam em valorizar o jornalista. Que este possa ser um exemplo na próxima mesa de negociação que ocorre esta semana ainda”, opina.

A ocasião também serviu para reforçar a preocupação do SindijorPR com relação às garantias de direitos dos jornalistas, especialmente no que diz respeito ao piso salarial e carga horário do profissional de imprensa.

Sindicatos

Além da CMC, diversos sindicatos estão repondo pelo menos a inflação para os seus jornalistas. É o caso do Sismuc, Sindijus, Sindisaúde, Sindivigilantes, Sindypsi, Sindiseab, APP-Sindicato, entre outros. Essas entidades optaram em não esperar pela negociação, que vem sendo dificultada pelos representantes patronais, e já aplicaram a reposição.

Em alguns casos, como o do Sismuc, APP-Sindicato e da CUT-PR, o reajuste para os jornalistas foi acima de inflação, garantindo, respectivamente, 10,36%, 10,67% e 13,8%. A medida valoriza o profissional pois, se os custos para os patrões subiram, também ficaram maiores para o trabalhador.