Enfrentando nova onda de passaralhos, jornalistas do Paraná continuam sem a garantia de empregos estabelecida na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Em nova rodada de negociação, realizada hoje (13) na sede do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná (SindijorPR), os empresários apresentaram outra proposta que não atende o pedido dos sindicatos de trabalhadores de garantia os postos de trabalho.
Para o diretor-presidente do SindijorPR, Gustavo Vidal, as recentes demissões coletivas registradas no estado precisam ser enfrentadas. O SindijorPR pediu garantias para que não ocorressem mais fechamento de vagas, o que foi negado pelos patrões. “É um ataque à categoria essas demissões acontecerem, como forma de intimidação, em meio à negociação salarial. Além de não serem valorizados, jornalistas precisam encarar a insegurança. Temos que avançar nessa questão. Os empregos precisam ser preservados”, ressalta Gustavo
Além de não garantir a segurança de jornalistas nos empregos, o exemplo dado por sindicatos, Prefeitura e Câmara de Vereadores de Curitiba em pelo menos repor a inflação para os seus jornalistas, parece não ter cativado os donos dos meios de comunicação do Paraná. Os empresários apresentaram, novamente, a reposição escalonada partindo de 5% para quem recebe o piso e chegando ao reajuste zero para chefias. “Exatamente a mesma proposta financeira já rejeitada na mesa passada, apenas com acréscimo de 1%”, diz Vidal. Levando em conta que a inflação do período foi de 9,83%, a “oferta” patronal estabelece perdas salariais à categoria.
A novidade nesta mesa é que os patrões moveram a pedra sobre a pauta de reivindicações dos jornalistas e resolveram ultrapassar os limites das cláusulas econômicas. “Iniciaram o debate para estabelecer regras que impeçam o assédio nas redações, mas a proposta ainda é tímida e não garante medidas efetivas de combate”, explica o diretor do Sindicato do Norte do Paraná Fábio Galiotto. Ainda abriram discussão sobre o livre acesso de dirigentes às redações e a mantiveram a alteração na cláusula do estágio.