No primeiro semestre de cada ano, a maioria dos Sindicatos de Jornalistas, em todo o Brasil, participa das convenções e negociações coletivas de trabalho a fim de defenderem, junto às entidades patronais de cada Estado, melhores condições trabalhistas para a categoria, como piso salarial, jornada de trabalho, auxílio-creche e seguro de vida.
A luta principal dos Sindicatos tem sido garantir a reposição integral da inflação de 2016 nos pisos salariais. No Paraná, por exemplo, o SindijorPR já participou de duas mesas de negociação, mas o diálogo tem sido difícil com os representantes das empresas. Na primeira reunião, segundo o Sindicato, as entidades patronais sequer apresentaram proposta. Enquanto na segunda mesa de negociações, que aconteceu nesta terça-feira, 18, eles se dispuseram a pagar apenas 50% do índice e descartaram fazer qualquer negociação sobre outras pautas da categoria.
No Ceará, o Sindjorce se reuniu com o Sindicato das Emissoras de Rádio e TV (Sindatel), no início deste mês, mas a proposta patronal foi reajustar apenas 50% da inflação da data-base, que é em 1º de janeiro. Além disso, as empresas querem parcelar o retroativo em três vezes. O Sindjorce recusou a proposta patronal, e fez a contraproposta de 10% de reajuste linear. Conforme o Sindicato, os jornalistas estavam buscando 12,29%, além de Vale Cultura de R$ 50,00, ampliação da licença paternidade para 10 dias e uma cláusula relativa à segurança dos profissionais de Jornalismo.
Já os sindicatos de jornalistas do Espírito Santo e de Santa Catarina estão com Assembleias marcadas para esta semana com o objetivo de tratar do tema com seus sindicalizados.
Com informações dos sindicatos de jornalistas dos Estados do Espírito Santo, Ceará, Santa Catarina e Paraná.