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26/06/2017

SindijorPR repudia intolerância e truculência contra jornalistas

SindijorPR repudia intolerância e truculência contra jornalistas

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná (SindijorPR) repudia as agressões sofridas por ao menos 13 profissionais de imprensa durante a cobertura da votação do "pacotaço fiscal" do prefeito Rafael Greca (PMN), nesta segunda-feira (26), na Ópera de Arame, em Curitiba. Relatos recebidos pela entidade dão conta de que a violência partiu da Polícia Militar (PM) e também de servidores que protestavam pela garantia de seus direitos. Essa situação, infelizmente, já se tornou hábito, mas é inadmissível que persista.


Chamam a atenção os registros dos jornalistas Franklin de Freitas, Gibran Mendes e Lucas Sarzi. Todos passam bem. Franklin, repórter-fotográfico do jornal Bem Paraná, disse ao SindijorPR que a todo momento se identificava como jornalista. “Quando começou um tumulto, eu estava ao lado da PM. Alguns manifestantes correram em minha direção. A polícia mandou spray de pimenta. Fechei os olhos porque estavam ardendo e fui atingido duas vezes por cassetetes”, conta.


O jornalista Gibran Mendes registrava imagens da manifestação quando uma bomba de gás foi lançada em sua direção. Enquanto se afastava do local, foi atingido por um tiro de bala de borracha por um dos policiais do Batalhão de Choque da Polícia Militar. Segundo o jornalista, o agente de segurança mirou justamente no grupo onde estavam diversos jornalistas que se afastavam daquela região, em virtude do gás liberado pela primeira bomba.


O mais assustador foi o caso relatado por Sarzi, repórter do jornal Tribuna do Paraná, que foi agredido deliberadamente. “O policial me olhou no olho, viu meu crachá e meteu o cassetete em mim mesmo assim”, publicou nas redes sociais.


Por outro lado, uma equipe de reportagem da Rede Paranaense de Comunicação precisou ser retirada da manifestação com apoio de outros jornalistas. Manifestantes hostilizaram e agrediram os trabalhadores com empurrões e pontapés. O SindijorPR lamenta que trabalhadores ainda culpem jornalistas pela conduta do grupo de comunicação. Isso é o mesmo que culpar servidores públicos pelo sucateamento proposto pelo prefeito ou professores pela falta de estrutura nas escolas. Confunde-se o patrão com o trabalhador; o jornalista com o empresário de comunicação.


Impedir o livre exercício profissional de jornalistas é um ataque à democracia e à liberdade de expressão. As agressões também são reflexo da falta de protocolos do poder público para que profissionais possam exercer sua profissão com segurança e liberdade. Em guerras, jornalistas são identificados com clareza e exercem seu ofício, apesar do perigo, muitas vezes com mais zelo e segurança do que vem ocorrendo no Paraná. É urgente que poder público, entidades de classe e empresas de comunicação debatam a segurança dos trabalhadores jornalistas e também dos demais envolvidos em momentos de tensão.


O SindijorPR cobrará, ainda, as empresas de comunicação pela falta de equipamentos de segurança. Informações colhidas pelo Sindicato confirmam que jornalistas não portavam coletes ou capacetes para a cobertura da manifestação. É inaceitável que as empresas continuem irresponsáveis em não garantir o mínimo de segurança dos profissionais nessas situações. Da mesma forma, o SindijorPR reivindica que a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) investigue o ocorrido, puna os responsáveis por qualquer excesso e tome medidas para que esses episódios não se repitam.

Autor:Direção do SindijorPR
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