Na segunda-feira (01), a Câmara Municipal de Curitiba deu um
importante passo para o reconhecimento do trabalho do jornalista, passando a
dar crédito aos profissionais em suas matérias.
Para Filipi Oliveira, diretor de comunicação da Câmara, o jornalista e o jornalismo
precisam ser valorizados: “Considero o trabalho de comunicação da Câmara uma
peça criativa e intelectual, e uma vez que damos créditos às fotos e às artes,
por que não damos também para o texto produzido?”, indaga.
Apesar dos avanços tecnológicos que facilitam o trabalho de
comunicação, para Oliveira, o trabalho do jornalista é indispensável: “A tecnologia
ignora a capacidade intelectual de transformar a informação em conteúdo para a
população. Partindo do princípio de transparência de todos os atos públicos,
cabe ao jornalista valorizar a informação e melhor apurá-la e escrevê-la.
Assinando a matéria essa responsabilidade aumenta, além de valorizar o trabalho
que desempenhou”, explica Oliveira.
José Lazaro, jornalista que trabalha na Câmara Municipal
desde 2009, afirma que essa mudança veio na esteira de uma reformulação do
projeto de comunicação: “A assinatura passa a ser mais passo dentro dessa nova
política pública, reforçando transparência de conteúdo e autoria. Isso não muda
o meu trabalho e imagino que de ninguém da equipe que sempre trabalhou com o
máximo de qualidade possível, ganhamos, inclusive, três prêmios no último
Sangue Bom”, explica.
Jornalista da Câmara
há três anos, Márcio Alves da Silva concorda com os colegas e acrescenta como
ponto positivo a objetividade no contato com a imprensa que a mudança traz: “Existem
muitas pautas e cada jornalista cuida de algumas. Por vezes são assuntos mais
complexos e nem sempre conseguimos saber de todos os processos. Com a mudança,
quando a imprensa nos procura, vamos conseguir direcionar o contato com mais
eficiência”, finaliza.
O SindijorPR comemora a decisão da equipe de comunicação: “É um importante reconhecimento ao profissional e sinal de transparência por parte da Câmara Municipal, além de apontar outros caminhos para os jornalistas desempenharem sua função”, afirma Manoel Ramires, diretor do Sindicato.