A contraproposta apresentada pela empresa foi rejeitada por unanimidade pelos jornalistas em assembleia online nesta segunda-feira
Jornalistas que trabalham na E-Paraná, reunidos em assembleia online realizada nesta segunda-feira (23/05), rejeitaram por unanimidade a contraproposta ao Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) apresentada pela direção da empresa. O documento entregue ao SindijorPR foi a ‘resposta’ do serviço social autônomo, ligado à Secretaria da Comunicação Social e da Cultura, do governo do estado, às reivindicações dos trabalhadores, formalizadas no ACT elaborado em atenção à orientação do Ministério Público do Trabalho (MPT).
A contraproposta da E-PR impunha graves perdas aos jornalistas e às jornalistas. Além de negar a reposição da inflação e buscar a anulação de todo o retroativo que é devido aos profissionais, ainda instituía um vale-alimentação muito aquém do que foi oferecido no ano passado. O valor do vale-alimentação proposto agora, de apenas R$ 258,00 mensais, novamente foi condicionado à desistência de reaver as perdas salariais. Além disso, conforme o documento, seria dada anuência para o estabelecimento de jornadas abusivas em desacordo com a legislação e, o estabelecimento de um banco de horas prejudicial aos jornalistas, entre outras formas de precarização.
O SindijorPR aponta descaso do Governo Ratinho Júnior em relação aos jornalistas que trabalham na E-PR. Isso porque, além de ignorar as perdas salariais dos trabalhadores, se buscou, por meio do ACT, validar uma série de irregularidades que ocorrem atualmente na empresa, especialmente com relação ao registro e cumprimento de jornada e banco de horas.
O SindijorPR ressalta que, embora as negociações para assinatura do acordo coletivo tenham chegado ao MPT, em nenhum momento o secretário de Comunicação Social e Cultura, João Evaristo Debiasi, se manifestou sobre os problemas enfrentados pelos jornalistas da E-PR.
Enquanto jornalistas que atuam em órgãos do Estado e empresas públicas ganham pelo menos o piso da categoria ou acima disso, na E-PR chega-se ao absurdo de o Governo Estadual não realizar o mínimo: respeitar o piso da profissão – algo que qualquer empresa jornalística ou de Comunicação no Paraná é obrigada a cumprir.
Diante da dura situação imposta aos profissionais de imprensa da E-Paraná, o SindijorPR se mantém à inteira disposição para negociar condições dignas de trabalho aos jornalistas e solicita que, em cinco dias, o serviço social autônomo marque uma mesa de negociação.